Fala galeraaaa!
Quando se fala em aniversário logo nos vem à cabeça: salgadinho, refrigerante, bolo, festa, churrasco e por ai vai... Mas corredor é um pouco diferente “são loucos”, pois no dia do aniversário gostam de correr e chamar os amigos para a data comemorativa.
Em 2015, o grande amigo Ralfio completou 53 anos de vida, e em comemoração a essa data, ele realizou um “super evento” chamado: Desafio do Ralfio 53k, assim chego à conclusão de que preciso participar de aniversários de pessoas mais jovens, até uns 25 no máximo (risos)... Brincadeiras a parte, acompanhei as publicações do ano passado e queria muito participar.
Confesso que nos anos anteriores eu não estava preparado, para falar a verdade nesse ano também não rsrs... mas resolvi ir assim mesmo e curtir a festa!
O ponto de encontro da galera foi em frente à Igreja do Embaré (Santos) próximo ao canal 4, até lá fui de carro na companhia dos amigos Tatuzinho e Elisandra (sogra), e dessa forma seria obrigado a fazer os 53k, pois precisaria voltar para buscar o carro. Treino marcado para 6h00, horário em que muitas pessoas estão saindo da balada e fazendo aquele pit stop nos quiosques da praia; e no meio desse clima pós balada, uma galera fazendo a diferença (atletas), não sei o número exato mas haviam no mínimo 100 pessoas. Fiquei surpreso ao ver que havia uma camiseta comemorativa para mim. Indícios de que seria um evento muito bem organizado, todos devidamente uniformizados, e dali seguiu uma multidão sentido Praia Grande... Praia Grande?! É galera para completar os 53k teríamos que ir até o Caiçara (ida e volta)... Mas fomos a luta, e por se tratar de um percurso longo, a galera segurou bem o ritmo, porém meu corpo corresponde de forma negativa a um ritmo mais lento, mas eu também não seria louco de fazer o mesmo pace de uma prova de 10k, sendo assim meus primeiros 21km foram no ritmo médio de 4’50 por km.
Preciso ressaltar o trabalho da equipe de apoio, simplesmente fantástico. Durante todo o trajeto carros como postos de hidratação sempre com: azeitonas, banana, castanha, água, isotônicos, doces... Paradas rápidas e bora seguir a viagem, Viagem?! Bom 53k é praticamente uma viagem (risos)..
Na Praia Grande, entrou em cena a Gaby (namorada), que se tornou meu apoio particular, hehehe’ de bike seguiu do meu lado no desafio. O grande ultramaratonista Ariovaldo, também nos ajudou e muito, montou um posto de hidratação próximo ao 20º km, e tudo saiu como o programado até a primeira parte do treino 26,5k, porém na volta o bicho pegou, comecei a sentir fadiga muscular, poucos atletas conseguiram fazer todo o desafio e muitos foram ficando pelo caminho (o que até então era festa e multidão, resultou em alguns gatos pingados pela ciclovia). Apesar da Gaby estar ao meu lado, corri um bom tempo longe do pessoal, pois a grande maioria se programou para terminar no 30º km, onde encontrei o Rodrigo e a Elisandra que foram minhas companhias por mais 9km (Ocian até a Guilhermina). No km39 outro posto de hidratação e minhas pernas travadas, os carros com lotação máxima de atletas, Rodrigo disse que teria outro posto no Japuí e possivelmente eu conseguiria carona, desta forma junto com mais 3 atletas seguimos correndo até o Japuí, mas chegando na Av. Costa e Silva (Boqueirão) simplesmente travei por completo, parei e reavaliei minhas condições, ainda tinha pela frente 11km até o fim, a caminhada já estava sofrida, e foi aí que decidi abandonar de vez, mas e o carro?! Pensei: “depois dou um jeito de ir pra Santos buscá-lo”. A 30 dias de fazer uma grande prova “42k bombinhas” eu não poderia colocar tudo a perder... Fui para casa andando totalizando 44,5km percorridos.
No caminho meu pensamento era: comida, banho, cama (SQN)... Quando cheguei em casa, percebi que a chave do portão havia ficado no carro, hehehe, e pra piorar minha mãe não estava em casa, o jeito foi sentar na calçada e chorar kkkkk, umas 14hs mandei mensagem pra Gaby e expliquei o que havia acontecido, imediatamente ela se prontificou de ir comigo para Santos (ônibus)... Já banhado e de barriga cheia partimos pra Santos e graças a Deus meu carro estava lá intacto, que felicidade em rever meu carro, aproveitamos o passeio para tomar água de coco e curtir a orla da praia de Santos...
Fiquei triste de não completar o desafio, mas consciente de que temos um limite e devemos respeitar sempre; com o passar do tempo aprendi a escutar as respostas enviadas pelo corpo, não deu... paciência, mas ter parado ali foi fundamental para a sequência de treinos..
Nenhum comentário:
Postar um comentário